Na manhã desta segunda-feira (7/8), a pontenovense Diana Aguiar, moradora do bairro Triângulo, permaneceu por cerca de meia hora diante do Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD com sua filha Laura, 11 meses, e sua mãe, Georgete Matos Aguiar.
Segurando cartaz com apelo para o não fechamento da UTI Neonatal e da Maternidade do Hospital, Diana e Georgete convocaram a comunidade para uma manifestação ainda nesta segunda-feira, saindo às 18h30 da ponte da Barrinha em direção da Câmara Municipal, onde transcorrerá a primeira sessão ordinária deste semestre.
Segundo Diana, a meta dos organizadores é manter a mobilização, inclusive pelas redes sociais, convocando o povo e pedindo ajuda do Poder Público pela manutenção do atendimento materno-infantil no HNSD.
“Convoco todos para a manifestação hoje, independentemente de partido ou crença, pois a maternidade atende a todos”, convida Diana, que também estará presente, nesta quinta-feira (10/8), a partir das 19h, na Tribuna Livre da Câmara Municipal.
“Queremos chamar a atenção das autoridades. A função da Câmara é fiscalizar. Então queremos saber: há dinheiro? Falta verba? É má gestão? Exigimos resposta”, enfatizou ela.
Indignada com a possibilidade de desativação dos serviços, Diana teme pelas vidas das mães e dos bebês. “Eu sei o quão difícil é passar por isto, então sei que, se fechar, vai ter sofrimento para muitas famílias. Dói imaginar que uma mãe e seu filho não terão assistência, podendo correr risco de vida”, assinala ela.
Diana decidiu pelo protesto porque sua filha – nascida num parto prematuro – ficou internada durante 15 dias na UTI e mais 5 dias num leito do Hospital. “Fomos bem acolhidos, e, talvez, sem a UTI, minha filha não teria sobrevivido ou teria que ser levada para outra cidade”, explica.
Georgete apoia a causa, uma vez que, além da UTI ter salvo a vida de sua neta, ela própria, quando estava grávida de Diana, deu à luz na Maternidade do HNSD.