Luiz Carlos Itaborahy: Psicólogo – CRP 7854 * luizitaborahy@yahoo.com.br
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Existe uma história antiga sobre um chefe da tribo Cherokees, dos Estados Unidos, em que ele costumava passear com o neto ao longo de um riacho contando histórias sobre aventuras e sabedoria.
Certo dia, falou-lhe sobre a batalha travada entre dois lobos que vivem em nós.
Um deles representa a crueldade, a raiva, a inveja, o desespero, a arrogância, o ressentimento e a vaidade. O outro lobo representa a alegria, a paz, o amor, a esperança, a empatia, a amizade, a solidariedade, a compaixão, a verdade e a fé.
A criança, atenta à história, perguntou ao avô: “O que acontece? Quem vence a batalha?” E o avô, depois de um breve silêncio, respondeu: “Quem nós alimentamos.”
Esta história nos faz refletir sobre a possibilidade de escolhermos entre o bem e o mal. É verdade que cometemos erros e acertos. Alimentar o mal, no entanto, nos afasta dos caminhos que levam a uma relação mais humanizada com as pessoas.
Se percebemos que o mal está vencendo e nossas atitudes revelam um jeito de ser egoísta e insensível, é sinal de que está na hora de perguntar:
– Qual o objetivo da minha vida? O que minhas atitudes representam? O que tenho feito de mim e dos que comigo convivem?
Estas questões podem ser feitas no auge do desespero ou na tranquilidade da reflexão meditativa. Durante séculos, a humanidade vem lutando pelo bem ou pelo mal. Apesar de o mal muitas vezes vencer, há também a luta incansável para que o bem se sobreponha.
Podemos viver como sujeitos perturbados e desajustados, ou como coerentes e transformadores. Podemos representar dimensões positivas ou negativas. Depende de nossas escolhas e de imposições externas e inconscientes.
Hitler considerou como finalidade de sua vida tornar-se o chefe de uma raça superior, e para isso mais de seis milhões de judeus foram assassinados, tornando-se um dos maiores genocidas da história. Por outro lado, Mahatma Gandhi liderou campanhas populares na Índia em defesa da verdade, das mudanças sociais e da independência do domínio estrangeiro, a partir do ideal de paz, e não de violência.
Alimentar o bom lobo implica uma crença permanente na bondade, na serenidade, na humildade, na solidariedade e no amor, não como sujeitos passivos, esperando que estes valores venham até nós, mas como crentes em nossa capacidade de vivenciar o bem, que nasce em nós e transborda para o mundo.