Representantes de dezoito municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde/SRS de Ponte Nova participaram em 26/1, no Auditório do Sindicato dos Produtores Rurais/PN, de reunião sobre diagnóstico de implementação do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiágua).
Este foi o 7º encontro afim desde o início de 2023, considerando que o Sistema de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Siságua) necessita de atualização nos cadastros. Na pauta, "prevenção de agravos e doenças de transmissão hídrica, mapeando as formas de abastecimento, coletivas e individuais, em áreas urbanas e rurais, de gestão pública ou privada".
As doenças
As doenças de veiculação hídrica são transmitidas por micro-organismos patogênicos que têm sua origem, desenvolvimento ou reprodução relacionados à água. As principais são: giardíase, criptosporidíase, amebíase, gastroenterite, febre tifoide e paratifoide, hepatite infecciosa e cólera.
De forma indireta, a água também está ligada à transmissão de verminoses, como a ascaridíase, esquistossomose e teníase. Também está relacionada à dengue e à febre amarela, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Isabela de Castro Oliveira, referência técnica do Setor de Vigilância em Saúde Ambiental do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SRS/Ponte Nova, coordenou o encontro, cuja meta foi ainda desenvolver ações que identifiquem vulnerabilidades e subsidiem decisões dos Setores de Vigilância de cada Município.
Entre outros aspectos, Isabela focou na qualidade do monitoramento dos setores (públicos e privados) de abastecimento. Declarou ela: “O conjunto das ações da Vigilância local permite avaliar se o prestador/responsável está cumprindo a legislação, a começar pela garantia da potabilidade da água.”
Segundo informe da SRS, cabe aos representantes dos municípios: identificação e cadastramento das diferentes formas de abastecimento; elaboração de planos de coleta de amostras e de relatórios de controle, inclusive em carros-pipa e cisternas; realização de inspeção sanitária; e distribuição – se for o caso – de hipoclorito de sódio a 2,5% junto com orientações de tratamento intradomiciliar da água.