Durante a campanha “Julho Amarelo”, destinada a ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica/Nuvepi da Superintendência Regional de Saúde/SRS intensificou sua atuação nos 31 municípios do território. Distribuíram-se 2.675 testes rápidos de hepatite B e 1.540 testes rápidos de hepatite C.
Vale registrar que de 2018 a 2023 foram notificados 123 casos de hepatites virais na área de abrangência dessa SRS, conforme dados do Boletim Informativo divulgado neste mês. Em relação às hepatites B e C, houve 88 notificações no mesmo período.
O coordenador do Serviço de Assistência Especializada/Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) de Ponte Nova, Antônio Márcio Gonçalves Gomes, frisa, na nota da SRS, que não existe tratamento definitivo para a hepatite B em casos crônicos.
Antônio Márcio informou que atualmente, em nossa região, há 34 pacientes em tratamento para hepatite B e dois em tratamento para a hepatite C. “A realização de testes rápidos vem permitindo aumentar a agilidade de resposta para os usuários, encaminhando-os com brevidade para a assistência médica e o início de tratamento”, informa ele em nota da Assessoria de Comunicação da SRS.
]“Os testes são de rápida realização, fácil execução e interpretação. Caso apresentem resultados reagentes, deverão ser confirmados com a realização da carga viral para hepatite C (HCV-PCR), carga viral para hepatite B (HBV-DNA) ou outros marcadores, conforme a disponibilidade de cada serviço”, explicou a referência técnica Priscila Câmara de Moura.
O texto da assessora Tarsis Murad é direto:
– As hepatites virais são consideradas problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, pois atingem vários segmentos da população e são responsáveis por gerar um número expressivo de morbidade e mortalidade.
– São causadas por diferentes vírus, que tendem a infectar primeiramente o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves, como cirrose e câncer de fígado. As mais comuns em Minas Gerais são causadas pelos vírus A, B e C. A primeira é mais comum em crianças. Já a B e C costumam manifestar-se de forma silenciosa, ou seja, não apresentam sintomas.
A SRS Ponte Nova ainda lançou, neste mês temático, boletim consolidado pela referência técnica Priscila Moura, orientando quanto às formas de transmissão.
“A transmissão dos vírus da hepatite A e E se dá por meio do contato fecal/oral e pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados, porém a transmissão sexual também vem sendo reportada. Já as hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue, pelo esperma ou por secreção vaginal. A transmissão de mãe para filho também pode ocorrer durante a gestação ou o parto”, esclareceu Priscila.
Conforme explica o boletim, os pacientes são encaminhados ao Serviço de Assistência Especializada/Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) de Ponte Nova e Viçosa, de acordo com a Microrregião de Saúde. “Com a ampliação da testagem rápida na Atenção Primária, é possível interromper a cadeia de transmissão e oferecer tratamento gratuito e em tempo oportuno ao paciente”, completou Priscila.
Segundo o informe, a principal forma de prevenção da hepatite B é a vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), indicada para proteger contra a infecção por todos os subtipos conhecidos do vírus da hepatite B, tanto em adultos quanto em crianças.
Já para a hepatite C não existe vacina. Outras formas de prevenção das hepatites B e C são: uso do preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhamento de nenhum objeto que possa ter tido contato com sangue, como agulhas, seringas, instrumentos de tatuagem/piercing, kits de manicure e equipamentos para uso de drogas; e não compartilhamento de aparelhos de barbear/depilar e itens de higiene pessoal, como escova de dente.