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InícioSAÚDEVamos falar sobre narcisismo?

Vamos falar sobre narcisismo?

Luiz Carlos Itaborahy – Psicólogo * CRP 7854  l luizitaborahy@yahoo.com.br    
 
Atendimento on-line: (31) 99802-6336
Atendimento presencial em Belo Horizonte e Itaguara 
 
 O termo “narcisismo” é baseado em uma história da mitologia grega sobre um belo jovem chamado Narciso, que despertou o amor da ninfa Eco. Narciso, porém, rejeitou este amor e foi condenado a apaixonar-se por sua própria imagem, refletida na água de uma fonte. Seu destino foi consumir-se em um desejo insatisfeito.
 
Após sua morte, foi transformado em uma flor chamada Narciso. O psicanalista Freud viu no mito de Narciso uma oportunidade de mostrar uma característica normal em todos os seres humanos, relacionada ao desenvolvimento da libido, desejo sexual, denominado narcisismo. 
 
O narcisismo se transforma em transtorno patológico (doentio) quando o sujeito despreza o desejo dos outros, dificultando suas relações sociais e amorosas. Os portadores de “transtorno de personalidade narcisista” são apaixonados por si mesmos, arrogantes e exploradores, mesmo nas pequenas coisas do cotidiano, distorcendo as percepções da realidade. Acreditam que são extraordinários e adoram ser admirados. Menosprezam as necessidades dos outros para satisfazerem os próprios desejos. Estão sempre certos, o errado são os outros. São bons competidores, ótimos negociadores e persuasivos. Aceitam favores sem modéstia e, geralmente, são extrovertidos e sociáveis. Sempre criam espaço para se vangloriarem do que têm e são. 
 
Não é simples conviver com pessoas portadoras deste transtorno, pois não são generosas no amor nem amam de forma desinteressada. Por falta de empatia, apresentam dificuldade em perceber que a pessoa querida tenha necessidades diferentes. Se dá bem com os que têm características submissas, dependentes ou autodestrutivas, por ser mais fácil a relação dominadora. Ou seja, se dão bem com pessoas menos exigentes e que se subordinam com facilidade.
 
Queremos ser amados, admirados, aceitos, acolhidos e valorizados. Isto é bom, pois é sinal de que nos sentimos importantes para os que nos cercam. O normal, contudo, é ter consideração e valorizar os outros, dividindo com solidariedade e amor o que temos e somos, vivendo com harmonia e paz, aceitando as diferenças e interesses alheios.
 
Lembremos aqui de uma parte da letra da música “Sampa”, de Caetano Veloso: “Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto. Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto. É que Narciso acha feio o que não é espelho.” Se nos preenchemos apenas de nós, os outros jamais terão espaço em nossa vida.
 
Todos merecemos ser felizes. Viva bem! Cuide de sua saúde mental!
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