“A gente se arrepende daquilo que fez, não daquilo que não fez”. Esta foi a resposta de Gilmaria da Silva Patrocínio, 34 anos, ao ser interrogada, no final da manhã desta terça-feira, 6/6, durante o seu julgamento pelo crime de assassinato de Patrícia Xavier da Silva, 21, grávida de 9 meses.
Gilmaria deu esta declaração ao responder à pergunta do advogado José de Lourdes Fernandes, assistente de acusação ao lado do promotor de Justiça Henrique Kleinhappel Andrade. O advogado quis saber se ela estava arrependida de tudo o que foi divulgado, até o momento, naquela sessão do Conselho de Sentença.
Ao ser interrogada, Gilmaria negou o teor de seus depoimentos na Polícia e em Juízo. Seus advogados de defesa são Bruno Menezes e Viviane Pâmela Romano Silva. A juíza Dayse Baltazar comanda o Júri que decidirá sobre as acusações de: homicídio qualificado, ocultação de cadáver, dar parto alheio como próprio e subtração de incapaz.
O Tribunal do Júri começou às 9h e, na maioria do tempo, Gilmaria permaneceu de cabeça baixa. Ela chorou, por alguns instantes, quando foi lido o depoimento do militar do Corpo de Bombeiros que a atendeu em casa, quando ela simulou o próprio parto, mostrando o recém-nascido e a placenta (que ela havia retirado da barriga de Patrícia).
No fechamento desta nota, às 15h40, os jurados e o público ouviam a acusação do promotor Henrique. A sessão deve estender-se por todo o dia, com previsão de pronúncia da defesa no final da noite.