O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Ponte Nova decidiu, nessa quinta-feira (25/4), pela condenação de Adílson Marcelino de Souza (Bil), processado pela participação na morte – com dez tiros – de Cláudio Célio Firmino (Cocão).
O crime ocorreu em 19/4/1991, e 28 anos depois coube à juíza Dayse Mara Silveira Baltazar proferir sentença de 12 anos de reclusão em regime fechado.
Ocorre que, estando em liberdade, o réu não será recluso enquanto tramitar o seu recurso perante o Tribunal de Justiça. O defensor público Juliano de Oliveira Santos já anunciou o recurso, pois, a despeito da confissão do réu, há que se considerar aspectos de redução da pena.
Segundo os autos, Bil foi acusado de atuar em emboscada, juntamente com Adenílson de Souza Marcelino (Nica), Rogério Arlindo Ferreira (Veio) e Wilson Miranda de Toledo, para executar Cocão na rua Santa Terezinha/Vila Alvarenga.
Conforme se apurou, Bil, Nica e Veio teriam efetuado os disparos, enquanto Wilson guardou as armas do crime, o qual foi encomendado por Roberto de Jesus (Santos). Todos os depoimentos colhidos na fase de inquérito e de processo vincularam o assassinato ao tráfico. Apurou-se que naquela data um grupo saiu do bairro São Pedro, por ordem de Santos, para executar Cocão e assumir a venda de tóxicos na Vila Alvarenga, considerando que Cocão se recusou a aderir à organização criminosa comandada por Santos.
Com o julgamento de 25/4, a Justiça Criminal concluiu os julgamentos relativos ao assassinato de Cocão: já foram condenados Nica/13 anos de reclusão, Veio/14 anos e Wilson (recebeu sentença, mas a pena ficou suspensa).
De sua parte, Santos está foragido da Justiça, depois de cumprir alguns anos pela responsabilidade neste e noutros crimes similares, principalmente nos bairros de Fátima e São Pedro.