O Conselho de Sentença da 1ª Vara Criminal deliberou em 22/11, no Salão do Júri do Fórum/PN, sobre a falta de provas de que Ravel Gomes Borges participou do assassinato de Jackson Patrocínio (Tintim), ocorrido em 23/3/2019, no Beco do China, no bairro de Fátima.
Não prevaleceu, portanto, a tese do Ministério Público de que "existem nos autos indícios suficientes para a pronúncia dos acusados, em especial em virtude das provas orais e pelo relatório circunstanciado de investigações".
Com isso, a juíza Dayse Baltazar acolheu a tese da defesa de negativa de autoria e falta de provas e absolveu o réu determinando sua soltura, já que ele aguardou o julgamento recluso na Penitenciária/PN. Outro acusado, Pablo Rodrigues de Almeida, está em liberdade há muito tempo e será julgado noutra data.
Conforme os autos, "uma testemunha sigilosa não soube informar se era Ravel o rapaz que passou correndo por ela. Outra testemunha que poderia esclarecer os fatos faleceu".
A defensora pública Raquel Tenório argumentou, no processo judicial, sobre indícios de que um adolescente (hoje já com 21 anos e com ficha criminal por outros crimes) atirou em Tintim porque este lhe devia a quantia de R$ 70,00 [a cobrança antiga já estaria calculada em R$ 150,00], justamente pela compra de entorpecentes.
Mortes e tragédia
Na época da morte de Tintim, esta FOLHA divulgou, tendo a PM como fonte, que o rapaz recebeu tiros acima do ouvido esquerdo e no lado direito do maxilar direito. A primeira informação era de que o crime teria vínculo com suposto “acerto de contas vinculado às drogas".
Tintim era filho de Gilmaria Silva Patrocínio, ré confessa no caso do assassinato da grávida Patrícia Xavier da Silva (e remoção do bebê desta), em 26/6/2015, num crime que teve repercussão nacional.
Com a morte de Tintim, Gilmaria perdeu um segundo filho com morte violenta: Jéfferson Patrocínio dos Santos Noronha foi morto a tiros em 10/11/2015, nas imediações do Cemitério de Palmeiras.