SANTA CRUZ DO ESCALVADO – A Polícia Civil/PC de Ponte Nova investiga nesta semana as circunstâncias do latrocínio ocorrido no final da noite de 2/6, em moradia da comunidade de Porto Plácido.
Pela manhã, um irmão de Nilton Caetano Gomes, 80 anos, encontrou o corpo dele. Ao longo do dia, houve a prisão de Giovane Silva Pereira, 25.
Tudo começou quando Maurício Gomes Caetano da Silva, irmão da vítima, foi chamá-lo após as 6h da manhã e deparou com a cena. Acionaram-se o Samu e, por tabela, a Polícia Militar. Esta chamou a Perícia da PC, a qual constatou corte contundente do rosto ao crânio de Nilton, provavelmente feito por golpe de foice.
Familiares deram falta – na casa – de pequena TV, roçadeira, motosserra e dinheiro, pois em 31/5 Nilton havia sacado em conta bancária cerca de R$ 1 mil.
Investigações
Desde as primeiras apurações, houve acusação contra Giovane, que seria temido naquela região. Policiais militares apuraram que a vítima e o suposto autor jogaram sinuca na noite anterior num bar das imediações.
A PM recorreu às câmeras de segurança do bar para constatar que os dois envolvidos estavam entre os clientes que bebiam e jogavam sinuca na noite de 2/6. Nilton foi embora antes das 20h.
Mais tarde, outra câmera – esta numa casa ao lado do Posto de Saúde – permitiu ver a passagem de Giovane em direção da casa de Nilton, mas não foi possível visualizar se o rapaz acessou o trilho de acesso à moradia. É possível, todavia, ver que algum tempo depois Giovane fez o caminho de volta.
Prisão do suspeito
Policiais ouviram uma testemunha que, no fim da noite, foi chamada em casa por Giovane. Ele não tinha celular e pediu ajuda para chamar um carro de aplicativo. No começo da tarde, viatura da PM esteve na casa dele, na localidade santacruzense de Córrego da Barroca, efetuando a prisão do rapaz.
Giovane negou a autoria do crime, mas a PM assinalou “várias contradições” no informe do rapaz sobre a sua movimentação noturna. Os militares não encontraram os itens que teriam sido levados da casa de Nilton.
Na tarde de 5/6, durante a audiência de custódia, o juiz Marcelo Magno Jordão Gomes, da 2ª Vara Criminal, transformou em preventiva a prisão em flagrante, como informou a esta FOLHA a defensora pública Antonieta Rigueira Leal. Nesta quinta-feira (6/6), ela se mobilizava para reverter o cenário, tendo em vista a negativa de autoria.