O pontenovense Gabriel Oliveira Maciel completaria 24 anos nesse 24/9. A lembrança é de sua avó materna, Regina Coeli de Oliveira Maciel, em publicação nesta FOLHA, com esta declaração “Ele teve sonhos que foram interrompidos covardemente.”
Regina se referia ao assassinato do neto, o qual viajou para uma festa de calourada em sítio em Viçosa, em 6/3/2015. Nesta festa, ele estava acompanhado de sua namorada pontenovense. Ele desapareceu, com transeuntes encontrando seu corpo nu, três dias depois, na região do Campo do Couceiro, perto da Horta da Universidade Federal de Viçosa/UFV (leia aqui).
O adolescente, com 17 anos, recebeu tiro na cabeça, havendo sinais de tortura, como apontou a Polícia. Havia indícios de que o assassinato ocorreu noutro local e o corpo foi jogado numa vala de beira de estrada. Na época, a PM citou vídeo de câmera de segurança, perto do local da festa, mostrando o menor apressado e sendo seguido por alguns rapazes.
O crime ainda segue com várias interrogações, e a Justiça Criminal de Viçosa marcou para 28/10 audiência de instrução, a cargo do juiz Rodrigo Eustáquio Favato, para ouvir quatro réus (três homens e uma mulher) e testemunhas. Não existe ainda divulgação destes nomes.
Sabe-se que em 2016 a Polícia Civil viçosense efetuou a prisão de seis rapazes, mas eles obtiveram em Juízo o direito de responder ao inquérito em liberdade. As investigações seguem em segredo de Justiça, e uma audiência de instrução ocorreu em 2019 em Ponte Nova (leia aqui) para ouvir pessoas próximas de Gabriel.
A família de Gabriel acompanha o processo através da advogada Carolina Coppo. Em 29/9, o jornal Folha da Mata informou que não se sabe se a audiência de 28/10 será presencial ou na plataforma on-line por causa da pandemia da Covid-19.
Regina garantiu, em recentes entrevistas, que acompanhará a audiência em Viçosa. Ela reitera o quanto o crime afetou sua família, a começar pelo adoecimento da mãe de Gabriel, Sayonara Oliveira Maciel.