No julgamento de 23/11 do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal, o Conselho de Sentença concluiu pela falta de provas de que o réu Pablo Rodrigues de Almeida participou do assassinato, a tiros, de Jackson Patrocínio (Tintim, 18 anos), na noite de 23/3/2019, no Beco do China/bairro de Fátima. Com isso, a juíza cooperadora, Dayse Mara Baltazar, deliberou ela absolvição de Pablo.
Note-se que em condições similares o Júri Popular decidiu em nov/2022 pela falta de provas de que o outro réu, Ravel Gomes Borges, participou do crime. A defesa dos acusados – a cargo da Defensoria Pública – requereu a sua impronúncia, sob alegação de que inexistem indícios suficientes de autoria, sobretudo "pela ausência de testemunhas que liguem os acusados ao fato delituoso".
O Ministério Público recorreu das duas sentenças. Conforme os autos, faltam testemunhas enfáticas para a acusação contra os réus e registrou-se a morte da única testemunha que poderia esclarecer o homicídio, cuja causa seria falta de "acerto" de dívida dele com um fornecedor de drogas.
Em tempo I – Esta FOLHA informou, na semana do assassinato, que Tintim era filho de Gilmaria Silva Patrocínio, ré confessa no caso do assassinato da grávida Patrícia Xavier da Silva (e remoção do bebê desta) em 26/6/2015. Em 2017, ela recebeu condenação de 28 anos de reclusão.
Em tempo II – Com a morte de Tintim, Gilmaria perdeu seu segundo filho em cena de morte violenta: Jéfferson Patrocínio dos Santos Noronha, 17, foi morto a tiros em 10/11/2015, na rua Armando de Freitas, perto do Cemitério de Palmeiras. O motivo teria sido o envolvimento com a namorada de um oponente.