Na tarde dessa quinta-feira (4/10), o Conselho de Sentença da Justiça Criminal da Comarca de Ponte Nova considerou Joaquim Américo Amora, 63 anos, culpado do assassinato de Maria Aparecida Ferreira Araújo (Cida de Nêgo, então com 39 anos), com quatro golpes de faca, ocorrido em 20/6/2007, no Sítio Amoras, em Amparo do Serra.
A juíza Dayse Mara Baltazar, da 1ª vara Criminal/Ponte Nova, decidiu pela pena de 12 anos de reclusão, permitindo que o réu permaneça em liberdade enquanto durar o seu recurso perante o Tribunal de Justiça, em BH. Em Juízo, os advogados Hélio Fernandes Pinto e José Amora mantiveram a tese de legítima defesa.
Conforme os autos, Maria foi esfaqueada pelas costas, em estrada de trecho de canavial. O agressor fugiu, tendo sido preso pela Polícia Civil algum tempo depois. Conforme esta FOLHA divulgou na época, “revoltados com a morte de Cida de Nêgo, seus 4 filhos arrombaram a casa de Joaquim e quebraram móveis, eletroeletrônicos, portas e janelas”.
O Júri Popular avaliou o caso como crime passional. O acusado confirmou, tanto em sede policial, quanto judicial, que desferiu golpes de faca em desfavor da vítima, o que resultou na morte desta.
Na Polícia, ele disse que Cida de Nêgo o empurrou e “ele descontrolou-se, pegou a faca e deu mais de uma facada na vítima, que não sabe dizer onde as facadas acertaram a vítima, que a vítima caiu ao chão e ele pegou a carroça e foi para casa”.
Em Juízo, o réu deu esta versão: “Diante de uma pessoa agressiva e de faca em punho, o declarante com ela se atracou, a desarmou e a golpeou por mais de uma vez, não sabendo quantificar o número de golpes nem mesmo explicar onde atingiu.”