O Juizado da 1ª Vara Criminal de Ponte Nova indeferiu, nesta semana, o pedido de revogação da prisão preventiva de Sebastião Moreira de Souza.
Ele está recluso na Penitenciária de Ponte Nova desde 22/2, por força de mandado judicial com o qual a Polícia Militar desencadeou a “Operação Profeta”, na qual o principal preso foi padre Paulo César Salgado, administrador afastado [pela Arquidiocese de Mariana] da Quase Paróquia São José, em Oratórios.
Os dois – e mais três indiciados – são processados por receptação de peças sacras e crime de pedofilia. No caso do escândalo sexual, o Ministério Público e o Juizado Criminal têm extenso material probatório – inclusive vídeos – para reforçar as acusações. Já o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, tornou-se “fiel depositário” das 185 peças sacras de origem duvidosa apreendidas em Oratórios e Rio Casca.
Em 15/3, já houve indeferimento do pedido de revogação da prisão do sacerdote. Em 24/2, a Justiça libertou o advogado riocasquense Vinícius Cézar Gomes Brandão. Na semana seguinte, o Judiciário concedeu liberdade para Vladimir Gomes Magalhães, secretário do padre. Um quinto indiciado, o decorador riocasquense Luiz Antônio Laurindo, está respondendo ao processo em liberdade.
Sebastião é ex-sacristão da Casa Paroquial de Matipó. Na denúncia formalizada pelo MP, ele é acusado de cometer crimes de pedofilia em Manhuaçu e “facilitar exploração sexual de homens e adolescentes do sexo masculino por parte do padre Paulo César, entre jan/2016 e fev/2017, em Matipó, Oratórios e Manhuaçu.