Na manhã de 13/7, durante rotina de buscas na Penitenciária de Ponte Nova, agentes prisionais notaram, na Cela 48 da Ala 8, “inquietação” no detento Denílson Fernandes, 30 anos.
Ao ser inquirido, ele admitiu que tinha no ânus um celular e dois carregadores e em seguida expeliu os itens.
Já na Delegacia/PN, Denílson recebeu autuação em flagrante e prestou depoimento (ainda não divulgado) sobre a origem dos 3 itens.
A ocorrência foi precedida de fato grave, às 13h30 de 9/7, quando Júlia Graciela da Silva Damasceno, 18, moradora no bairro Cidade Nova, tentou entrar na Penitenciária com celular e bateria introduzidos na vagina.
Ela acabou sendo liberada na Delegacia/PN, após assinar termo circunstanciado de ocorrência pelo crime de “ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional”.
O delegado Wallace Drey Soares, que colheu o depoimento de Júlia, lamentou ter que liberar quem comete este tipo de crime. “A lei é muito branda. Um celular dentro da Penitenciária, como bem sabemos, será usado para dar ordens para execuções e continuidade do comando de traficantes. A pessoa que for flagrada tentando entrar com celular deveria ser autuada em flagrante”, avalia o policial.
No caso de Júlia, agentes penitenciários descobriram o crime quando a submeteram à busca pessoal com reforço de detector de metais. Inicialmente, ela negou o porte de algo na vagina e, confessando em seguida, acabou levada para o Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD, onde médico de plantão efetuou procedimento de retirada do celular e da bateria.
Chamada ao Hospital, a Polícia Militar registrou o boletim de ocorrência e revelou o depoimento de Júlia: ela pretendia entregar os equipamentos ao detento Uriel Vítor da Silva Oliveira, seu marido.