
Cabe, portanto, o relato de recente registro em Ponte Nova. O estelionatário encontrou-se com uma mulher e informou-lhe que pessoas próximas estariam fazendo “trabalhos espirituais” para acabar com a vida dela. Para se proteger, a vítima deveria procurar uma pessoa indicada pelo interlocutor que moraria no Rio de Janeiro: esta, mediante pagamento de R$ 5 mil, “anularia os citados trabalhos”.
Supersticiosa, a mulher firmou acordo com o estelionatário, definindo o valor em 10 parcelas mensais de R$ 510,00. Ocorre que, ao fim dessa quitação, o cidadão requereu mais dinheiro, alegando que sem novo pagamento ao indivíduo do RJ a vida da mulher, de fato, correria perigo.
Com isso, a vítima efetuou diversos outros pagamentos, relata o texto da PM. Verificou-se que, ao final de mais dois anos, a mulher repassou R$ 23 mil ao estelionatário, convencida que foi por explicações e ameaças. Por fim, ela registrou boletim de ocorrência na Polícia Militar.
“Ora, o infrator nunca teve a intenção de causar qualquer mal físico à vítima, apenas de fazê-la acreditar no risco de vida para obter vantagem ilícita. Por isso, é necessário reiterar que nesses casos o mais certo é o imediato acionamento da PM para registro da ocorrência ou busca de orientações para obtenção de rápida resposta pelas autoridades públicas”, conclui o informe.