O diretor-geral do Complexo Penitenciário de Ponte Nova/CPPN, Fabrício Batista Cotta, enviou ofício para diversas autoridades de Ponte Nova pedindo empenho – junto à Administração Municipal – pela reversão da precariedade da av. Antônio Constantino Trivellato, no acesso ao CPPN.
O apelo surgiu depois que a Secretaria/MG de Infraestrutura e Mobilidade afirmou em documento que o trecho (entre o Complexo Penal e a MGC-120, perto do bairro Cidade Nova) é de responsabilidade do Município.
Conforme Fabrício, há preocupação com o transporte de alimentos aos presos "devido aos vastos buracos na pista". Além do mais, aproxima-se o período de chuvas e "as condições da via não são favoráveis, apresentando em alguns trechos erosão, desnível e rompimento parcial".
O diretor ainda informa que há intenso tráfego de veículos, considerando que a gestão e os abrigados do CPPN somam hoje cerca de 1.100 pessoas. Por outro lado, há prioridade para socorro médico, visita de advogados dos detentos e circulação de professores, agentes penitenciários e outros prestadores de serviço.
No entender de Fabrício, o Município deve viabilizar melhorias "o mais breve possível", incluindo iluminação da via. Sugere-se também implantação de linha de transporte coletivo em determinados horários para garantir acessibilidade e mobilidade geral.
Esta FOLHA apurou que a manifestação do Governo/MG decorre de apelos pelas melhorias como condição para se extinguir o Presídio anexo à Delegacia de Polícia Civil, onde pernoitam 74 detentos albergados e reclusos por motivos diversos.
O CPPN marcou a data do fechamento (198), mas suspendeu o ato a partir da mobilização de representantes de Fórum, Defensoria Pública e Ministério Público. Reunidos em 8/8, os interlocutores do diretor da Penitenciária alegaram justamente os transtornos com o deslocamento diário dos presos numa avenida tão afetada.
Entenda o caso
A baixa qualidade do asfalto da citada via está no noticiário desde os meses seguintes à pavimentação, feita pelo Estado, para viabilizar a inauguração da Penitenciária em 2009. Logo a via foi municipalizada e nunca se efetivou um projeto de reparo geral.
Em data recente, a Prefeitura usou verba de R$ 400 mil (liberada via emenda do deputado federal Padre João/PT perante o orçamento da União) para pavimentar 380m. Neste ano, o prefeito Wagner Mol/PSB informou que com verba própria recuperaram-se outros 800m. Falta ainda, no entanto, tal serviço em cerca de 1.300m.