Grave ocorrência de lesão corporal está sendo investigada na Polícia Civil/Ponte Nova. Às 20h50 de 12/11 (domingo), militares prenderam C.O.A., 31 anos, que confessou a agressão contra a sua companheira, S.A.R., 31.
Militares atenderam telefonema anônimo pelo 190 e encontraram S.A.R. deitada em sua cama, em apartamento de rua do bairro Palmeiras, com rosto bastante desfigurado e ensanguentado devido à violência extrema do agressor.
Conforme o boletim da PM, havia indícios de arrombamento no portão do prédio e na porta da cozinha. C.O.A. estava de cueca na sala, e, tão logo notou a entrada dos PMs, S.A.R. acusou o companheiro de agressão. No relato policial, consta que C.O.A., de forma irônica, mencionou que teria dado somente uns tapinhas nela.
A mulher contou que ambos passaram o dia num pesque-pague, onde fizeram uso de bebida alcoólica. S.A.R. alegou que não teria ficado embriagada, enquanto o homem teria “sinais notórios de alcoolização e desta forma iniciou-se um desentendimento”. Em certo momento, ela solicitou carona de um amigo e foi embora, deixando C.O.A. para trás.
Já em sua casa, após um período de tempo, ela foi surpreendida por C.O.A. arrombando a porta da cozinha a chutes: houve “breve atrito verbal entre ambos”, e de repente o homem passou a agredi-la a socos, a ponto de ela cair e no chão ainda receber chutes na cabeça. Ele também acertou-lhe a cabeça e o rosto com golpes de rodo e tênis.
A vítima ainda contou que reagiu arranhando o oponente, mas ele a jogou contra a cama e com lixa de cortador de unha tentou furar-lhe os olhos, mas ela novamente reagiu e conseguiu jogar longe o objeto.
C.A.O. confirmou a ida ao pesque-pague e disse que a companheira foi embora sem lhe avisar junto com outro homem. Ele disse que chegou ao prédio, forçou o portão de entrada e com uma “pesada” abriu a porta da cozinha, vendo um homem sair correndo, porém não o identificou.
O agressor assumiu o ato de violência e a “satisfação” de espancar a companheira, pois “não aceito chifres”. Ele ainda teria dito aos PMs que “gostaria mesmo é de ter matado ela”.
Como os militares encontraram, no guarda-roupas do casal, cigarro de maconha nos pertences do agressor e, sobre um armário da cozinha, pequeno tablete de maconha, C.A.O. assumiu a propriedade dos entorpecentes e se disse usuário de droga.
S.A.R. foi atendida no Hospital Arnaldo Gavazza, ficando internada com suspeita de fratura no maxilar e perfuração do olho esquerdo. Conduzido à Delegacia/PN, o agressor foi autuado em flagrante pela delegada Cleide Fiorillo e encarcerado.