
Na manhã desta terça-feira (16/3), seguia o informe sobre a prisão em flagrante de um homem de 42 anos acusado de estupro de vulnerável e alvo de investigação pela Polícia Civil de Ponte Nova.
O indivíduo é suspeito de molestar sexualmente um adolescente de 13 anos, num flagrante registrado pela Polícia Militar às 19h15 de 11/3 (quinta-feira), em endereço da vítima, no bairro Santo Antônio/Palmeiras.
A PM informou, no boletim de ocorrência, que o cidadão já tem registro de prisão pelo mesmo tipo de crime.
Os PMs relataram na ocorrência depoimentos de testemunhas, segundo as quais a mãe do menor alertou o homem sobre a chegada da viatura, e com isso o suspeito só foi preso quando já estava em sua própria casa.
Sabe-se que a PM prendeu o homem (recolhendo seu celular e três tablets) e o delegado de plantão, Breno Barbosa de Oliveira, ratificou o auto de prisão mesmo com o suspeito mantendo alegações dadas à PM de que não sabia o motivo das acusações contra ele.
Conforme o relato policial, uma conselheira tutelar acompanhou o caso em 11/3, ao ser acionada pela PM. Ela disse que, recebendo há cerca de três meses relato sobre abusos sofridos pelo menor, já acompanhava o caso. Perante esta FOLHA, outra conselheira não quis dar detalhes em função do sigilo necessário para tal tipo de ocorrência.
Entenda os fatos
Segundo o registro policial, na noite de 11/3 uma testemunha chamou a PM após saber do assédio naquela data e ouvir relato do próprio menor. O caso repercutiu no WhatsApp, e segundo os militares o adolescente confirmou que por “diversas vezes” foi induzido à troca de carícias pelo corpo, inclusive nos órgãos genitais.
A testemunha ainda relatou à PM que o acusado convidava crianças e adolescentes para frequentarem sua casa, em episódios já relatados ao Conselho Tutelar.
Outra testemunha mencionou para os policiais que “todo o bairro já sabia das denúncias”. Uma terceira denúncia – já apresentada ao Conselho Tutelar – destacava a suspeita de que “a família seria negligente ao não denunciar os abusos sexuais”.
A PM informou em seu boletim que, durante o registro da ocorrência, a mãe da vítima ameaçou-a: “Você vai apanhar quando chegar em casa, pois tudo o que está acontecendo é por sua culpa.” Por fim, ao ser ouvido pelos militares, o menor confirmou os atos ocorridos na sua casa e também na moradia do homem.
Para esta FOLHA, a defensora pública Maria Antonieta Leal Gurgel, advogada do acusado, disse que encaminhou à Justiça, nessa segunda-feira (15/3), pedido de liberdade para o indivíduo.
Ela aguardava, no fechamento desta notícia, despacho do juiz Felipe Vieira Rodrigues, da 2ª Vara Criminal, mesmo com parecer do Ministério Público a favor da continuidade da reclusão.