– Matéria atualizada às 9h50 de 3/8/2023

“Apesar do contexto fático, em atenção à folha de antecedentes criminais trazida aos autos, verifica-se inexistirem apontamentos recentes, evidenciando que os flagrados não são contumazes na prática criminosa”, continua a juíza no documento publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça.
No entender dela, “as circunstâncias não autorizam, por ora, a prisão. As particularidades do caso demonstram que a liberdade dos conduzidos [pela Polícia Militar na noite e 28/7] não representa risco à ordem pública ou econômica, nem implica obstrução à instrução criminal ou à aplicação da lei”.
A juíza ponderou, no entanto, que “há nos autos elementos de cognição que permitem concluir positivamente acerca da materialidade, bem como indícios de autoria. “As circunstâncias e o contexto da prisão denotam o envolvimento dos flagrados com o tráfico, estando presentes, também, os indícios de autoria”, continuou a magistrada.
Em decorrência do despacho, expediu-se o alvará de soltura de Kennedy e Gabrielle, os quais têm como advogadas, respectivamente, Ariane Ildefonso de Souza e Soraia Harmendani.
Entenda o caso
A PM prendeu às 18h de 28/7, diante de sorveteria da rua Cantídio Drumond/Centro Histórico, Kennedy e Gabrielle, os quais chegaram a bordo de uma motocicleta.
Os militares monitoraram o veículo (conduzido pelo rapaz) desde a rua dos Professores/bairro Sumaré. Diz o boletim de ocorrência que se visualizou o momento em que Gabrielle entregou droga a um usuário de tóxicos.
Na interceptação do casal, a PM nada de ilícito encontrou com Gabrielle (moradora no bairro São Geraldo), mas recolheram-se seu celular e a quantia de R$ 50,00. Com Kennedy, os policiais apreenderam R$ 150,00 e celular, em cuja capa estavam acondicionados quatro papelotes de cocaína.
Já no endereço do bairro Sumaré, o morador L.P.R., tio do rapaz, informou que este ocupava um quarto no qual os PMs encontraram: 39 buchas de maconha, 24 papelotes de cocaína, material para embalar droga, balança de precisão e máquina de cartão bancário.
Por fim, a PM levou o casal para autuação na Polícia Civil, onde tramita o inquérito sob responsabilidade do delegado Silvério Aguiar.