Na noite de 3/11 e na manha seguinte, comitiva do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública vistoriaram respectivamente o anexo prisional da Delegacia de Polícia e uma ala do Complexo Penitenciário de Ponte Nova. Cumpriu-se agenda mensal, que em tempos de fase aguda da pandemia da Covid ocorria via plataforma virtual.
O juiz Felipe Rodrigues, da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca, esteve ao lado da promotora de Justiça Cynthia Campos Giro e das defensoras Antonieta Rigueira Leal e Raquel Tenório Seco (esta somente na agenda de 5/11). O grupo percorreu instalações prisionais, ouviu reivindicações dos reclusos e também esteve com a Direção do CPPN.
No presidio anexo da Delegacia, cerca de 130 presos sentenciados (o total é flutuante) pernoitam depois de trabalharem durante o dia no comércio e na indústria de Ponte Nova. Na Penitenciária, cerca de 1.200 presos estão em diversas alas e uma delas é visitada a cada mês. "Neste mês estivemos inclusive na Enfermaria", revelou a defensora Antonieta.
"As unidades estão em condições razoáveis, precisando de alguns avanços, principalmente na iluminação interna do presidio anexo. A questão já é tratada pela Direção da Unidade. Atendendo a solicitação dos presos, autorizamos a troca de vários colchões e estabelecemos cronograma de lavagem e higienização do enxoval [roupa de cama e toalha] concedido aos internos", informou o juiz Felipe.
O magistrado acrescenta que a sede do CPPN "tem uma boa estrutura e passa por pequenas reformas, inclusive nas celas destinadas à visitação íntima [até ante da pandemia eram cinco, como apurou esta FOLHA], para que essa rotina seja retomada com a superação da fase mais grave da pandemia".
De acordo com Antonieta, as principais reivindicações dos presos referem-se a qualidade da alimentação, estrutura física e agendamento das visitas de familiares. Principalmente os detentos oriundos de outras Comarcas solicitam intensificação das visitas on-line, para minimizar despesas com deslocamento de seus parentes até Ponte Nova.