A Justiça de Ponte Nova concedeu, em 14/6, liberdade para três das quatro mulheres presas na operação desencadeada em 11/6 pela Polícia Civil/PC: Flávia Barbosa Tavares, Etth Cleyde Salgado Peixoto Pinto Coelho e Nathália da Silva Rocha.
As investigações apontam atuação delas numa suposta organização dedicada à adulteração de identificação de veículos automotores, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e receptação. Esta FOLHA não obteve o nome da quarta mulher (presa em Juiz de Fora).
Em Rio Casca, os investigadores prenderam, por força de mandado judicial, Flávia e Etth, as quais têm como advogada Gabriela Rosa da Paixão Sant’Anna. Já Nathália foi presa em Mariana, contando com Soraya Brangioni Harmendani como defensora.
A esta FOLHA, em 19/6, a advogada Soraya explicou que argumentou em Juízo que “não havia prova concreta em relação à autoria de minha cliente para justificação da sua prisão temporária”.
Conforme divulgado por esta FOLHA com exclusividade na edição de 14/6, o delegado Silvério Rocha de Aguiar mantinha em sigilo a operação, que resultou ainda na prisão de 2 homens (um em Ponte Nova e outro em Juiz de Fora): estão reclusos na Penitenciária de Ponte Nova.
Atuaram na diligência de 11/6 policiais civis de Ponte Nova, Jequeri, Rio Casca, Mariana, Abre Campo e Juiz de Fora, cumprindo também 9 mandados judiciais de busca e apreensão. Até essa quinta-feira (20/6), três suspeitos seguiam foragidos.
A operação decorreu de flagrante em fev/2019 quando alguns dos investigados tentavam negociar, em Ponte Nova, a caminhonete Hillux PXM-5298 (foto), trazida de Juiz de Fora com chassi adulterado (o veículo original já estava à venda em Viçosa).
Apurou-se, em seguida, venda de veículos “como parte de pagamento de drogas”, com alguns dos reclusos tendo envolvimento com tráfico e homicídio. Ao verificar a atuação das quatro mulheres, a PC revelou que contas bancárias delas seriam usadas para lavagem de dinheiro resultante de simulação de compra e venda de veículos.