De acordo com boletim registrado pelos agentes prisionais, às 22h de sábado (15/9), a ação rápida da guarda frustrou mais uma tentativa de fuga no Complexo Penitenciário de Ponte Nova/CPPN.
Durante ronda de rotina no lado exterior numa das alas, os agentes notaram “barulho estranho no interior das celas de triagem, ao lado da sala do líder de equipe, cela onde estão companheiros, membros e adeptos de facção criminosa”.
Logo o diretor de Segurança, Fábio Martins Macedo de Paula, foi chamado e orientou os guardas a revistarem tal cela, mas os presos disseram que impediriam a entrada deles.
Em decorrência disso, Fábio acionou o Grupo de Intervenção Rápida/GIR e a Coordenação de Segurança, mobilizando quantitativo maior de agentes para o necessário procedimento de revista.
Verificou-se de imediato que nenhum material ilícito havia na cela, mas o cadeado da porta estava rompido e uma “barra da ventana” estava serrada. Constou no boletim que na grade pode ter sido usado “jacaré” (lâmina de barbear), havendo indício de quebra do cadeado com uso de barra de ferro.
O boletim menciona informe de que se planejava fuga tendo “um agente penitenciário como refém”. O boletim não relaciona nomes dos detentos da cela.
O caso repercutiu na Câmara na noite dessa segunda-feira (17/9), onde o vice-presidente, Carlos Montanha/MDB, cobrou informações da Direção do CPPN, pois só neste mês os agentes prisionais encaminharam, à Polícia Civil, relato de tentativa de fuga em celas das Alas 3 (em 9/9) e 8 (em 3/9).
A esta FOLHA, o diretor-geral, Giuliano de Paula, informou que, no caso de 15/9, “a ocorrência foi controlada sem tentativa de fuga, tendo havido apenas dano ao patrimônio por causa da grade serrada”.
Giuliano disse que, somente com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Administração Prisional de Minas Gerais, poderia haver informe sobre a situação da guarda e a demanda de pessoal. “Adianto, porém, que o quadro está abaixo do ideal”, revelou ele.
Giuliano acrescentou o seguinte: “Tomamos providências para garantir a segurança dos servidores, do Estabelecimento e da sociedade, principalmente na conduta investigativa, para que as ações criminosas não tenham sucesso e continuem apenas em tentativas, pois os detentos tentam burlar a segurança a todo momento.”