A morte em 19/1 de menina de um ano e três meses em Rio Casca, após ataque de cão hottweiler (leia aqui), motivou instauração de inquérito na Polícia Civil local. Em 24/1, o delegado Fabiano Mattos de Melo ouviu o pai da vítima e segue colhendo depoimentos dos vizinhos. Por último, ouvirá a mãe, a qual ainda está em estado de choque, como assinalou ele.
O delegado Fabiano informou o seguinte à nossa Reportagem: "Até agora, tudo indica que houve uma tragédia. A apuração preliminar é de que a menina brincava no chão enquanto a mãe estendia roupa no varal. Por algum motivo, o cachorro latiu, a criança se assustou e caiu, passando a chorar. O animal escapou da corrente e atacou-a. Faltam alguns detalhes para compreender a dinâmica dos acontecimentos."
Ele salienta que, conforme os depoimentos já registrados, a mulher gritou por socorro e ainda jogou coisas no cão (água e até um vaso sanitário deixado ali perto), puxando-o pela corrente: "Não vimos nada que indique 'omissão de cautela' ou 'falta de zelo' dos donos do animal." Segundo o delegado, o cão não está mais no endereço do acidente e há movimento para que seja adotado em curto prazo.
Esta FOLHA ouviu a veterinária Rachel Cohen, da Clínica Espaço Animal/Ponte Nova. Seu depoimento estará na edição impressa deste Jornal, com artigo cujo título é este:
"Agressividade em cães: influência da raça ou fatores comportamentais?"