Repercute por toda a cidade a tentativa de assassinato contra o motoboy Carlos José de Lima, 42 anos, morador na comunidade de Laje do Piranga, ocorrida na tarde dessa terça-feira (22/8).
Transportando um passageiro de Ponte Nova para as imediações da Usina Santa Helena, pela BR-120, ele recebeu dez facadas – na região do tórax e do abdômen – e nesta terça (23/8) ainda permanece internado no CTI do Hospital Arnaldo Gavazza. Este passageiro (ainda não identificado) é procurado pelas Polícias Militar e Civil.
A PM prendeu, ainda nessa terça, a ex-namorada do motoboy Patrícia das Dores Gomides, 34, também de Laje do Piranga, e seu atual namorado, Célio Magno Machado, 34, de Teixeiras, suspostamente envolvidos no atentado, que teria motivos passionais.
Todas as informações são analisadas neste 23/8 pelo delegado Wallace Drey Soares antes da oitiva oficial de Célio e Patrícia, que continuam reclusos na Penitenciária/PN, após serem autuados em flagrante por tentativa de homicídio.
O atentado veio a público às 15h50 de 22/8, quando uma equipe da Polícia Rodoviária Estadual/PRE deparou com Carlos ensanguentado ao lado de sua moto (placa não informada). Numa ambulância de Porto Firme, que passava pelo local, houve transporte de Carlos para o HAG.
No translado, Carlos só conseguiu dizer que, ao cair esfaqueado, viu a aproximação de um Astra verde, cujo condutor acelerou sem socorrê-lo. Os PMs apuraram que Carlos não compareceu para trabalhar no ponto de motoboy do bairro Triângulo e estava “em desentendimento” com Patrícia.
Ouvida em sua casa, Patrícia negou – perante os militares – envolvimento no crime e salientou que recebia ameaças de Carlos, o qual não se conformava com o fim do relacionamento. Depois de negar que tivesse namorado, ela acabou admitindo vínculo com Célio, morador em Teixeiras, o qual dormiu na casa dela de 21 para 22/8.
Os militares localizaram Célio naquela cidade, mas ele negou o namoro. Ao saber das declarações de Patrícia, ele, porém, acabou confirmando relacionamento com ela. Segundo o rapaz, ela reclamava das ameaças de Carlos e teria sido espancada por ele. O motoboy ainda teria recusado assinar recibo de transferência de posse de uma moto, o qual estava em nome de Patrícia.
Ainda conforme relato de Célio aos PMs, Patrícia teria mencionado a intenção de “dar um fim” no ex-namorado. Já em 21/8, Célio passou o nome de um rapaz para Patrícia, arquitetando-se o assassinato, sendo que o indivíduo solicitou a corrida de moto por R$ 20,00, do bairro Pacheco até Santa Helena, com Célio acompanhando o trajeto ao volante do Astra.
Ocorre que o carro ficou retido no trânsito e a moto seguiu em frente pela BR-120, como informou Célio aos policiais. Quando chegou ao trecho de Santa Helena, Célio reduziu a velocidade do Astra, viu o motoboy caído numa poça de sangue e seguiu rumo a Teixeiras, como constou no boletim de ocorrência.
Policiais informaram a Patrícia a respeito dos fatos narrados por Célio, e esta negou que tivesse combinado algo contra Carlos.
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