
A vítima, V.A.S.O., relatou à Polícia Militar que manteve relacionamento de dois anos com o rapaz, com o qual teve uma filha. Ocorre que ele se tornava agressivo quando ingeria bebidas alcoólicas.
Ela se separou dele há um ano e mencionou episódios diversos de ameaças do ex-namorado ciumento, revoltado com a presença de amigos na casa de sua ex. Neste sentido, V.A.S.O. contou aos PMs que recentemente envolveu-se em briga e pediu a um amigo para dormir em sua casa. Isso causou ainda mais ciúmes em M.V.G., que a ameaçou de novo.
“Se não parar de conversar com com esse cara, vou pegar uma arma”, teria dito ele, num episódio que a vítima não registrou em boletim de ocorrência.
Na noite daquele domingo, após ouvir batidas na porta seguidas de um disparo de arma de fogo em direção de uma janela, V.A.S.O. telefonou para a irmã de seu ex, imaginando que ela estava ali fora. Com a negativa, a jovem imaginou que o chamado era de seu ex.
Segundo o boletim de ocorrência relacionada a violência doméstica, V.A.S.O. conseguiu sair da casa e correu para se abrigar justamente no endereço da irmã do ex.
Esta disse que tentou intervir ao ver o rapaz chegando e portando uma espingarda. Sabendo que a PM tinha sido acionada, ele fugiu na escuridão, permanecendo foragido ao final da ocorrência. Testemunha que ouviu o disparo viu M.V.G. no quintal segurando uma espingarda.
A vítima não quis receber atendimento médico, a despeito de estar em estado de choque. Manifestou, no entanto, perante os militares interesse em solicitar medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha.