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InícioSEGURANÇAPolícia Civil tem força-tarefa para apurar inquéritos antigos

Polícia Civil tem força-tarefa para apurar inquéritos antigos

Todos os inquéritos de homicídio instaurados até 2007 e ainda hoje sem solução terão que ser concluídos em dois meses. Essa foi, segundo fontes da Polícia Civil, a determinação dada pela chefia da corporação em reunião na última segunda-feira. A ordem seria uma maneira de tirar Minas Gerais da posição de último colocado no ranking dos Estados com inquéritos solucionados. Para policiais e especialistas ouvidos pela reportagem do jornal O Tempo, de 18/8, a medida significará na prática o arquivamento dos processos.

“Não temos como apurar muitos desses inquéritos. Algumas testemunhas morreram, e outras não vão falar mais. Vamos determinar algumas prisões, mas provavelmente a maioria dos casos será arquivada”, afirmou um policial à reportagem do diário da Capital.

O sociólogo Carlos Magalhães, especialista em segurança pública, afirma que a novidade não trará soluções para os crimes e irá apenas melhorar a imagem da Polícia: “Não há condições de resolver adequadamente essa quantidade de inquéritos nesse prazo. Crimes mais antigos são mais complexos e demandam mais tempo. Na prática, vão resolver a questão estatística, mas não vão dar uma solução efetiva no sentido de encontrar os criminosos.”

Ranking – Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em todo o Estado, são 11.440 inquéritos de homicídios ainda sem solução. Minas é também o terceiro em volume de inquéritos, atrás apenas do Rio de Janeiro (47.177) e do Espírito Santo (16.148).

A determinação do Comando da Polícia Civil valeria, por enquanto, apenas para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que concentra os inquéritos da Capital e da Região Metropolitana, onde dados extraoficiais dão conta de que há cerca de 2.000 inquéritos em aberto: a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) não informou os números oficiais. A intenção seria criar força-tarefa para trabalhar nos casos.

“O Departamento vai ter que dar conta de uns 2.000 inquéritos relativos a Belo Horizonte, Contagem, Betim, Santa Luzia, Sabará, Vespasiano e Ribeirão das Neves. Se eles estão lá desde 2007 e não conseguimos resolver, como vamos fazer isso agora, em dois meses?”, pondera um policial.

O chefe do DHPP, delegado Wagner Pinto, disse que só hoje falaria sobre o assunto. O chefe de Polícia Civil, Cylton Brandão, negou que haja estratégia para maquiar estatísticas. Segundo ele, o que há é uma “racionalização do efetivo” para tentar resolver inquéritos antigos. Ele não informou ao jornal O Tempo quantos policiais vão trabalhar com os casos em aberto.

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