A Polícia Civil de Ponte Nova investiga as causas da morte de Keronlay de Freitas da Silva, 23 anos, do bairro São Geraldo. Ela foi agredida, recebeu um empurrão e caiu com o rosto no chão durante briga ocorrida às 20h30 dessa sexta-feira (26/6), na rua Carangola, quase na esquina com a rua José Francisquini/bairro Santo Antônio.
De acordo com o boletim de ocorrência, a PM esteve no Hospital Arnaldo Gavazza/HAG: “Enfermeiros, técnicos em enfermagem e médico-plantonista disseram que Keronlay já chegou sem sinais vitais, tendo corte no queixo, provavelmente decorrente de choque da mandíbula no chão.”
Ainda conforme o relato da Polícia, “o médico de plantão citou também que o organismo da vítima teria sido exposto a doses de entorpecentes, numa suspeita a ser confirmada por intermédio de exames [a serem] realizados posteriormente”. Aguarda-se também o laudo da necropsia, a ser expedido pela Polícia Civil.
A PM mencionou informe de Letícia Catarino da Cruz, 22, do Triângulo. Ela disse que, dirigindo o Punto HKQ-3808 (com quatro passageiros, incluindo Keronlay), parou próximo do Gilmar Lanches para lanchar.
Ocorre que, na versão de Letícia, logo aproximou-se um veículo Honda City, cujo motorista era seu ex-namorado Deivyson de Sousa Pereira, 22, do Santo Antônio. Segundo Letícia, ele desembarcou de forma exaltada com palavras ofensivas a ela [Letícia] e estava na companhia de Carla Gabriely Guimarães Silvestre, 20.
Ainda segundo apurou a PM, ao intervir para impedir a agressão contra Letícia, Keronlay teria sido puxada pelos cabelos por Carla e supostamente empurrada por Deivyson, perdendo então os sentidos ao bater com o rosto no chão. Também conforme registrado pela PM, enquanto Letícia socorria a amiga levando-a para o HAG, Deivyson e Carla deixaram o local no Honda City.
A PM informou que houve aglomeração de amigos da vítima diante do Hospital Gavazza: “A exaltação do grupo comprometeu a colheita de informações mais contundentes e as manifestações de revolta aumentaram após a notícia do óbito.”
Telefonemas
Os militares igualmente relataram que, durante as diligências policiais, Carla fez contato via 190 declarando que teria sido agredida por Letícia e se prontificou a falar com os PMs em casa (não se informou o endereço) ao lado de Deivyson.
Quando a viatura chegou ao local, ninguém, entretanto, atendeu, com testemunhas dizendo que o casal havia saído dali pouco antes da chegada dos policiais. Os militares tentaram contato com Letícia por telefone, mas uma mulher atendeu e se identificou alegando que “não iria colaborar com a PM”.
A ocorrência foi repassada à Polícia Civil com indicação de que a lanchonete possui câmeras de segurança e as imagens podem ajudar nas investigações do caso.