No julgamento de 5/12 do Tribunal do Júri, o Conselho de Sentença concluiu pela culpa de Jaques de Paula na tentativa de morte – a tiros – de Luciana Barcelos Soares e seu marido, Douglas Lima. Atuou na acusação o promotor de Justiça Renan Santos.
Com esta deliberação, o juiz Vinícius de Paula fixou, já à noite, a sentença em 16 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado. O réu já estava preso e, nesta condição, pode recorrer da condenação perante o Tribunal de Justiça, como informou o advogado Mardson Costa Santos.
“Estou aliviada. Fiquei este tempo todo apreensiva, agora vou retomar minha vida e agradeço a Deus, porque a Justiça foi feita a meu favor”, disse Luciana ao fim do julgamento, ao ser ouvida pelo radialista Márcio Heleno/Rádio Extra. A advogada Joana Cegala concordou e enalteceu a decisão dos jurados.
Entenda o caso
O atentado ocorreu em 3/10/2022, no bairro São José Operário, em São Pedro dos Ferros, diante da creche onde Luciana era diretora (leia aqui).
Como esta FOLHA divulgou na época a partir de informe da Polícia Militar, Luciana chegou para trabalhar e Jaques atirou nela (acertando o rosto e a virilha) e em Douglas (baleado no peito). Douglas ainda conseguiu jogar seu carro sobre a moto do oponente, o qual fugiu a pé.
As vítimas sobreviveram ao atentado após cirurgias no Hospital Arnaldo Gavazza, em Ponte Nova.
O casal foi defendido pelos advogados Gustavo Nagelstein e Joana Cegala com a tese de tentativa de feminicídio e homicídio.
A prisão do atirador só ocorreu em 8/11/2022 em bairro de São Paulo/SP. Desde então, o réu ficou recluso no Centro de Detenção Provisória de Vila Independência, na Capital Paulista, sendo transferido para a Penitenciária/PN na 2ª quinzena de novembro.
Na data do crime, surgiu informe de que Jaques, inconformado com o fim de relacionamento de oito anos, perseguia Luciana. Como consta dos autos, ele morava há cerca de cinco anos em São Paulo e viajou para São Pedro dos Ferros com a meta de visitar sua filha.
Pai sentenciado por abuso sexual contra sua filha
O juiz da 2ª Vara Criminal de Ponte Nova, Felipe Alexandre Vieira, condenou em 1º/12 um cidadão (nome preservado) preso em 5/9/2022 sob acusação de abusar sexualmente da filha de 9 anos. A pena é de 23 anos, sete meses e 15 dias. O réu está recluso na Penitenciária/Ponte Nova e nesta condição pode recorrer da sentença perante o Tribunal de Justiça/TJ.
Em set/2022, equipe da Delegacia Especializada de Apoio à Mulher/Ponte Nova, tendo à frente a delegada Débora Meneguitte Morais, cumpriu mandado de prisão em bairro pontenovense. Esta FOLHA divulgou na época o informe policial. A vítima passou o período das férias de julho na companhia do pai, em Ponte Nova, e ao retornar para a casa dos avós, em Mariana, relatou o seguinte: o pai abusava sexualmente dela nas noites em que a namorada dele não estava em casa.
A mãe da vítima acionou a Polícia e o exame de corpo de delito da menina, feito em ago/2022, comprovou o abuso sexual. Na época, o denunciado manifestou-se pelo direito de só falar em Juízo. Nesta semana, seu advogado prepara perante o TJ recurso contra a sentença.
* Leia aqui sobre o cidadão preso e acusado de violentar enteada de 11 anos.
* Leia aqui sobre o rapaz que agrediu mulher para roubar e foi preso comprando droga.