Desde o fim da tarde de 27/5, quatro presos do Complexo Penitenciário de Ponte Nova/CPPN foram transferidos para o presídio de segurança máxima da cidade de Francisco Sá/Norte de MG. Trata-se de consequência do envolvimento deles na ordem que resultou nos incêndios de ônibus em 13/5 (dois veículos da Viação Pássaro Verde) e 21/5 (dois da São Jorge AutoBus).
A decisão da remoção coube ao juiz da Vara de Execuções Penais/Ponte Nova, Felipe Alexandre Vieira, concluindo etapa da mobilização perante dirigentes de órgãos de segurança, em função dos dois atentados e das ameaças de novos incêndios contidas em duas cartas anônimas (manuscritas) reveladas por esta FOLHA.
Perante este Jornal, o magistrado informou o novo endereço dos detentos, mas preservou seus nomes.
Este Jornal apurou que os quatro transferidos não são de Ponte Nova. Eles cometeram crimes noutras regiões do Estado e há algum tempo foram transferidos para o CPPN. “Eles permanecerão em regime disciplinar diferenciado, que, como se sabe, constitui a mais grave forma de cumprimento de penas pela legislação brasileira”, informou o juiz Felipe.
“A investigação apontou que os quatros determinaram a uma pessoa em liberdade que incendiasse os ônibus, como forma de intimidar os Órgãos de Segurança Pública e o Judiciário para que o Poder Público tolerasse benesses não previstas em lei”, detalha a nota de 27/5 enviada pelo delegado regional de Polícia Civil, Carlos Roberto Souza da Silva.
“Buscou-se uma resposta imediata, rígida e à altura da gravidade dos fatos, com o objetivo de levar tranquilidade à população. E prosseguem em sigilo as investigações para identificar quem ateou fogo nos ônibus”, arremata o informe do delegado.