A Polícia Militar de Urucânia prendeu Jackson Barbosa da Silva, 25 anos, por suspeita de tráfico de drogas, num flagrante ocorrido no bairro Manoel Mayrink Neto, às 16h desse sábado (14/4). De acordo com o relato policial (que omite o nome do acusado), Jackson trabalhava durante o dia e à noite vendia tóxicos em sua casa, na rua Mário Giardini.
Os militares chegaram ao endereço a partir de denúncia anônima, sendo recebidos pela mulher do suspeito, o qual naquela hora estaria no trabalho. Ela autorizou a entrada dos PMs e na sala eles notaram peça solta no rodapé do piso.
Ao remover a peça de cerâmica, os policiais depararam com um pedaço de madeira no fundo. Retirando a madeira, eles localizaram três sacolas plásticas – uma grande e duas menores – contendo cocaína. Já no quarto de Jackson, houve apreensão de rolo de insulfilme transparente (usado via de regra para embalar entorpecentes).
Logo surgiu informe de que Jackson já sabia da presença da PM em sua casa, com os PMs indo então ao seu local de trabalho (numa granja de suinocultura) e sabendo que ele se preparava para embarcar num veículo. Segundo o boletim de ocorrência, ao avistar a equipe policial, o suspeito iniciou fuga a pé, mas foi detido e recebeu "voz de prisão" (com apreensão de seu celular), ratificada em seguida na Delegacia de Plantão/Ponte Nova.
Esta FOLHA apurou que Jackson declarou, ao ser autuado, a mudança para o citado endereço há cerca de seis meses, sem saber da cocaína localizada sob cerâmica na parede da sala. Ainda assim, ao final do flagrante, houve o seu encaminhamento para a Penitenciária pontenovense.
Nossa Reportagem ouviu a delegada de Jequeri, Fabrícia Noronha, que na manhã desta segunda-feira (17/4) aguardava os autos para iniciar a investigação com outro informe: Jackson tem antecedentes criminais, tendo sido condenado por tráfico em 2022.
Flagrante e condenação
No Diário On-line Criminal do Tribunal de Justiça/TJ, esta FOLHA constatou que o rapaz foi preso – por força de mandado judicial – em 7/5/2022, num flagrante de comércio de cocaína e crack no mesmo endereço. Jackson tinha em casa – além da droga – balança de precisão, R$ 4,3 mil e caderno com anotações sobre o comércio ilegal para cerca de cem usuários de tóxicos.
O juiz Ronaldo Franca Paixão Júnior, da Comarca de Jequeri, condenou o réu a cinco anos de reclusão mais 500 dias/multa (cada dia equivale a 1/30 do salário mínimo). Considerando, todavia, entre outros fatores, que se tratava de réu primário, o magistrado permitiu que Jackson, antes de cumprir a pena no regime inicialmente semiaberto, permanecesse em liberdade enquanto tramita o seu recurso perante o TJ.