O Conselho de Sentença da Comarca considerou, nessa quinta-feira (13/9), que Jonathan Stallone Silva de Almeida é culpado pela participação na morte do motoboy Mauro César Manião (Índio), 38. Baleado em 20/9/2012, em escadaria anexa à av. Getúlio Vargas, no bairro Triângulo, ele morreu após três dias de internação hospitalar.
Conforme a denúncia, Jonathan conduzia a moto cujo carona, um adolescente de 16 anos, desferiu três tiros em Índio. O Júri Popular considerou que Jonathan não atuou no atentado, mas incorreu no crime de favorecimento pessoal: deu carona ao menor atirador, que será julgado noutro processo.
Com este desfecho, o juiz José Afonso Neto, da 2ª Vara Criminal, estipulou a pena de Jonathan, que aguardou o julgamento em liberdade:
– Pelo crime de favorecimento pessoal e corrupção de menor, um ano e quatro meses de reclusão (em regime aberto), com a sentença convertida em pagamento de prestação pecuniária no valor de dois salários-mínimos e prestação de serviço comunitário.
Detalhes do crime
Esta FOLHA divulgou o atentado na edição impressa de 28/9/2012, contando que Índio foi levado para o Hospital Arnaldo Gavazza e, se sobrevivesse, haveria risco de ficar tetraplégico, pois um projétil atingiu a sua coluna vertebral.
O autor dos disparos, um adolescente de 16 anos, apresentou-se em 25/9 à Polícia Civil/PC junto com o advogado Nélio Ferreira de Souza. O suspeito alegou legítima defesa, já que estava sendo ameaçado por Índio e seus filhos.
“Meu cliente passou a andar armado por causa das ameaças, e, no dia do crime, Índio levou a mão à cintura e por isso recebeu os disparos”, falou por telefone o advogado.
Conforme o boletim da Polícia Militar/PM, Índio recebeu tiros na cabeça, nas costas e na mão direita. Os policiais encontraram o motoboy caído ao solo e, ao ser levado para o HAG, contou que o menor atirou nele “por desavenças passadas”.
A chegada ao local ocorreu na garupa da motocicleta HAS-0564, conduzida por Jonathan. Este se apresentou à Delegacia, acompanhado da advogada Daniela Ibrahim, a qual informou que o motoqueiro “apenas deu carona ao menor, deixando-o em esquina próxima do local do crime”.