A Justiça Criminal condenou em 22/10 Elisa Maria do Carmo, 35 anos, por conta de assalto de 9/1/2014 no Autoposto Morisa, em Palmeiras. Diz o processo criminal, divulgado no início de novembro, que ela chegou às 5h30, apalpou a cintura declarando que portava revólver e rendeu o frentista C.A.S., fugindo em seguida com R$ 37,00, três maços de cigarro e dois isqueiros.
O crime ficou registrado nas câmeras de segurança e o Ministério Público requereu, após longa tramitação do inquérito e do processo, a condenação da ré. A defesa argumentou que, "em virtude de dependência química, a ré não possuía capacidade de entender o caráter ilícito dos atos praticados". Para o juiz Felipe Rodrigues, da 2ª Vara Criminal, trata-se, contudo, de "malsucedida tentativa de livrar-se da responsabilidade penal".
Consta nos autos que, mesmo identificada pelo sistema de segurança, Elisa não foi localizada imediatamente pela PM, sendo presa no dia seguinte, mas por causa de outro roubo. Apurou-se na época que ela praticou os crimes para quitar suposta dívida de droga. Ela teria inclusive usado nas duas ocasiões arma pertencente a traficante do bairro São Pedro.
Ao depor em Juízo, Elisa confessou o assalto no autoposto, mas negou a posse de arma, alegando que simulou tudo com um pedaço de plástico de PVC. Ela ainda acusou dois PMs de agressão para obterem confissão de posse de arma de fogo, a qual não foi apreendida.
Para o juiz, que rechaçou a acusação de violência, "restou configurada a grave ameaça [durante o assalto], a qual reduziu a possibilidade de resistência da vítima". A pena é de 4 anos de reclusão em regime aberto. A ré aguardou a sentença em liberdade e nesta condição pode recorrer perante o Tribunal de Justiça.