Na semana passada, os advogados Bruno Menezes e Viviane Pâmela Romano Silva conseguiram – no Tribunal de Justiça/TJ, em Belo Horizonte – a redução da pena de Gilmaria Silva Patrocínio (de 34 para 28 anos de reclusão).
Em 6/6/2017, o Conselho de Sentença da Justiça Criminal/PN decidiu que Gilmaria foi culpada do assassinato de Patrícia Xavier da Silva, grávida de 9 meses, num bárbaro crime ocorrido em 26/6/2015.
A sessão – que durou 10 horas – foi concluída com a sentença da juíza Dayse Baltazar, da 1ª Vara Criminal/PN. Ela condenou Gilmaria a 34 anos e um mês de reclusão, devendo permanecer presa.
Os advogados alegaram no TJ a necessidade de atenuante na pena por conta da confissão da ré. No entender da defesa, se o Ministério Público usou as declarações dadas por Gilmaria ao delegado Silvério Rocha de Aguiar para condená-la, o depoimento pode também ser usado em seu benefício.
Relembre o caso
Familiares de Patrícia acompanharam o Júri usando camisas com a foto dela e externando o clamor por justiça. Conforme publicado por esta FOLHA, Gilmaria chegou a dar estas declarações durante seu interrogatório: “A gente se arrepende daquilo que fez, não daquilo que não fez.”
Gilmaria deu esta declaração ao responder à pergunta do advogado José de Lourdes Fernandes, assistente de acusação, ao lado do promotor de Justiça Henrique Kleinhappel Andrade. O advogado quis saber se ela estava arrependida de tudo o que tinha sido divulgado, até o momento, naquela sessão do Conselho de Sentença. Gilmaria ainda negou o teor de seus depoimentos na Polícia e em Juízo.